A EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL

A EDUCAÇÃO | EDUCAÇÃO INFANTIL
PROPOSTA PEDAGÓGICA

Acreditamos numa criança potente, criativa e em movimento, curiosa diante do mundo e atenta à sua realidade. Compartilhamos a concepção de criança exposta no documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, que entende a criança como “um sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e sociedade, produzindo cultura”.

Na Educação Infantil desenvolvemos um trabalho pautado no acolhimento, no respeito à infância, no olhar cuidadoso e na escuta atenta aos nossos alunos.

Como é vista a aprendizagem?

Definimos alguns pilares que estruturam o nosso trabalho e que são a base de nossas atuações e do planejamento das situações de aprendizagem. Nesse sentido, podemos dizer que são conteúdos transversais, pois perpassam todas as nossas propostas pedagógicas: as interações, a brincadeira e a educação em valores.

Desde muito pequenas, as crianças são capazes de interagir com o mundo, a partir dos recursos que lhes são oferecidos. Dessa forma, praticamos uma pedagogia que entende que o avanço do conhecimento se dá nas interações da criança com seus pares, com os adultos e com um ambiente preparado com cuidado. É a partir desse cenário que as crianças encontram problemas adequados para resolver, desafios planejados dentro de contextos lúdicos e que dialogam com o repertório que já trazem consigo ao chegarem à escola, é assim que se dá o desenvolvimento.

Consideramos ainda que o universo infantil é regido pela possibilidade de brincar. Assim, somos responsáveis por trazer uma discussão bastante recorrente no nosso cotidiano: brincar e aprender são processos que funcionam de modos e em tempos diferentes na infância?

Na Projeto Vida temos a brincadeira como eixo norteador do planejamento, mas vamos muito além, aproveitando tudo o que esta brincadeira pode oferecer como aprendizagem, sem que se dissocie da diversão. Nossa proposta se apoia na construção cultural e lúdica, pautada em uma ética que contribui com a formação de um sujeito capaz de cuidar de si e se colocar no lugar do outro, para que tenha condições de agir no mundo, guiado por princípios éticos e morais.

Partilhamos da ideia de que, desde o nascimento, o sujeito começa a aprender pela interação e possibilidade de resolver problemas. Os professores assumem um lugar muito importante nesse sentido, pois são observadores atentos que captam as necessidades e curiosidades que as crianças apresentam e planejam situações e desafios diferenciados e ajustados a elas.

Praticamos uma proposta pedagógica que atravessa os muros da escola, ou seja, que respeita o conhecimento do aluno, independente de onde ele o tenha adquirido. É por essa razão que, muitas vezes, os pais se deparam com os filhos, tão pequenos, realizando tarefas que julgam difíceis. Quando isso acontece, lembre-se, ele só vai fazer o que puder e como puder. É isso que esperamos: conhecer o que ele sabe para contribuirmos com o que ele não sabe.

A escola pode contribuir na construção de valores?

Grande parte da construção de valores morais e éticos cabe à família, mas se reconhecermos que a escola, cada vez mais, é o lugar onde os alunos passam grande parte do seu tempo e que é um lugar, por excelência, de interação, devemos assumir a corresponsabilidade na formação desses valores.

Não acreditamos que a existência única de controles externos - castigos, gritos etc., possa trazer condições para que os alunos venham a ser autônomos e, assim, se autorregularem. Buscamos o envolvimento das crianças e a compreensão das regras de convívio nas relações interpessoais.

Acreditamos que o enfrentamento de conflitos e as implicações com seus atos contribuem para que os alunos percebam a presença do outro e avancem na construção de respeito por ele. São nestas ocasiões que começam a construir os valores que vão auxiliá-los a se autorregularem. Dessa forma, os professores são mediadores dos conflitos, apoiam e incentivam os alunos a se expressarem, a relatarem o que sentem, pois quem não se conhece não é capaz de saber o que se passa com o outro. Nessas situações, sugerem encaminhamentos para a resolução dos impasses, repertoriando as crianças. Isso é essencial para a construção de relações de respeito e do senso de justiça, com valores claros para todos.

Temos como meta formar alunos autônomos, que saibam agir a partir de valores construídos pelas suas vivências e reflexões, onde possam considerar não só os seus desejos, mas também os desejos do coletivo onde estão inseridos.