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CRÔNICAS SEMPRE ALUNOS

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icone da projeto vida bonecos coloridos de mãos dadas
LUCAS PAIVA

A fala pausada, mansa e tranquila de Lucas pode induzir o interlocutor a achar que ele é calmo ou acomodado. Nada mais equivocado. O rapaz está em plena ebulição de ideias e planos.

Entrou na Projeto com três anos onde ficou até seus catorze. E, segundo seu relato, a escola marcou profundamente suas escolhas e o fato de hoje ele viver uma vida dupla.
A “vida1” é a das exatas. Formou-se há dois anos em Meteorologia – Ciências Atmosféricas pela USP. Logo que se formou ingressou direto no mestrado.

Seu projeto é meteorologia, voltado pra educação do ensino médio. Também deu aula particular de física, de matemática e teve algumas experiências acadêmicas com iniciação científica nesse campo. O amor pelos cálculos nasceu na Projeto. “Eu gostava de tudo, mas via facilidade naquilo então, sem dúvida, foi um disparador lá atrás que me deu condições de estudar essa área. Eu gostava muito de matemática e tive muitas professoras boas. Se me formei na área de exatas, foi por conta da Projeto Vida, da professora Clarice, principalmente.”

Afinidade com os números é muita, mas não quando se trata de identificar as pessoas. “O grande trunfo da Projeto foi sempre tratar os alunos como indivíduos, muito além daquela história de que ‘aluno não é número’ que a gente costuma ouvir por aí... A escola nos apresentava o ensino dentro da vida, como formador de caráter, formador de valores e não só um ensino acadêmico, científico, mas um ensino relacional”.

Desenvolver um projeto de mestrado na área de exatas já seria um desafio suficientemente complexo para ocupar a vida de um recém-formado, certo? Errado. Lucas tem seu lado B, ou sua “segunda vida” como ele mesmo define.

Desde pequeno a música esteve presente em sua vida. Logo cedo aprendeu a tocar guitarra e violão e, por quase 10 anos, teve uma banda de rock com amigos. Isso foi se expandindo ao longo dos anos e, já na faculdade, tocava nas festas, nos passeios e nas viagens. No último ano, entrou pra uma banda de uma peça de teatro. E aí foi suficiente pra se apaixonar. Ou melhor, reacender uma velha chama que havia começado há anos. “A Projeto influenciou nisso porque nós tivemos aulas de teatro e experiências teatrais – desde palhaço de circo, na 2ª série, até teatro nos anos posteriores”.

Encenamos Capitães da Areia, que foi muito legal, e o Teatro da 8ª série, com a Abigail e com a Cilene, sendo minha primeira experiência teatral de verdade. Então, quando eu retornei pra esse mundo, isso trouxe à tona uma bagagem muito rica, muitas lembranças que hoje estão me ajudando a entender o que estou vivendo”.

De repente Lucas se viu com duas profissões – a de meteorologista com formação acadêmica, mas que não o estava deixando plenamente satisfeito – e a de músico com a qual tinha experiência prática. Ano passado foi importante para ele. Primeiro, acertou o rumo de seu projeto de pesquisa.

Não estava contente com a versão inicial – então, arregaçou as mangas e o reestruturou, focando mais em educação. Depois, aproveitou o fato de estar em temporada como músico junto a uma companhia de atores para se envolver cada vez mais com o mundo artístico.

No começo desse ano ingressou na SP Escola de Teatro que ensina a arte do palco – lá cursa sonoplastia voltada para teatro. Hoje em dia, sua “vida 2” engrenou de vez – tem duas companhias de teatro, ficou até recentemente em cartaz com uma peça, em breve entra em cartaz outra, começou a fazer cursos de palhaço e de atuação.

Mas nenhuma vida é completa (muito menos duas) se não houver pessoas com quem a compartilhar. Lucas também valoriza os vínculos afetivos. “Tenho uma turma de uns sete meninos, alguns desde o Jardim. São 22 anos de amizade. São meus amigos. Meus irmãos. Também mantive contato com alguns funcionários. Tenho um bom contato com o Jamaica (professor da Projeto até hoje), o Tuba, que era o professor de Educação Física, e com quem tive um pouco de contato fora; o Marçal, que foi perueiro da PV durante muito tempo. As relações extrapolaram o ambiente escolar. E isso é muito bonito.”

A trajetória de Lucas foge dos estereótipos – seu percurso é singular, sua vida é diversa e plena em toda a sua riqueza e complexidade. Um bom exemplo do que a Projeto almeja para seus alunos.


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